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  • Prof. Carlos Pimenta

Paradigma da Força e da Velocidade

Atualizado: 19 de mar.


Uma dúvida que muitas pessoas têm diz respeito a alguns paradigmas que todos temos e que muitas vezes não sabemos como lidar ou mudar. Alguns destes paradigmas norteiam nossas vidas e muitos nos dominam, mesmo sem nós percebermos. Alguns se manifestam como heranças familiares, hábitos adquiridos e costumes sociais. Desde que consigamos ter consciência e controle sobre isso não existem problemas maiores. Por exemplo, desde pequenos fomos aconselhados e acostumados a fazer mais, trabalhar mais, estudar mais, nos exercitar mais, etc.

Muitas vezes fazendo mais força, indo mais rápido, com mais esforço, etc. e temos como consequência mais desgaste (físico e psicológico) e obtendo muitas vezes resultados questionáveis.

Ninguém duvida de que de forma geral talvez “fazer mais rápido” (velocidade) e mais “forte” seja eficiente, mas fazer melhor não seria mais eficaz?

Se transportarmos isto para o mundo das Artes Marciais será que não podemos resolver um problema de maneira diferente e fazer melhor, ou seja, deixar a velocidade e a força como as últimas ferramentas a serem usadas?

Reflita comigo, se você usar a força como primeira alternativa e ela acabar (porque força tem limite e duração) o que vai te sobrar para usar?

O propósito deste artigo não é fechar questão nem se aprofundar, pelo contrário ser breve e instigar; somente elencar uma série de possibilidades e convidar você a uma reflexão.

Vamos lá... no combate antes de usar velocidade e força podemos usar:

1) Os Fundamentos do Systema.

i. Usada para se acalmar, recuperação rápida, proporciona alinhamento das

ideias, entre outras.

ii. Para equilibrar ou desequilibrar emocionalmente outra pessoa, etc.

b. Relação entre Tensão/Relaxamento

i. No local certo e na quantidade certa para um objetivo claro

ii. Aplicação de tensão seletiva ou parcial,

iii. Aplicar relaxamento em si próprio para raport do outro, etc.

c. Estrutura (postura)

i. Estado da coluna ereta, estado mais confortável.

ii. Minha postura (pessoal/emocional) diante de uma situação.

iii. Postura interna (racional) - identificação do problema, foco na solução.

iv. Minha postura – onde me posiciono (melhor local)

v. Uso da estrutura – a minha “toma” sua estrutura, etc...

d. Movimento

i. Padrão de como “faço as coisas” (continuidade, linearidade, intenção,

qualidade, etc.)

ii. Onde “faço as coisas” (em pé, no chão, no meio do caminho),

iii. Conceito de não bloquear ou interromper um movimento, conceito de

“sair da frente” e quilha.

iv. Optar por movimentos naturais (com mais poder em si mesmo) do que

movimentos artificiais, etc.

2) Uso do Torque - Medida de quanto uma força que age em um objeto faz com que

o mesmo gire. Comumente: aplicar ou agir como um pivô, contornar a força ou

estímulo.

3) Controle – Na visão do Systema não é efetivamente tentar controlar ou prender o

outro, mas sim controlar ou se resguardar em relação a um determinado local,

posição ou movimento. De verdade eu só controlo a mim mesmo.

4) Biomecânica do corpo – Saber e entender como funciona as partes do corpo e

como e para onde pode aplicar uma força (direção) de forma eficaz.

b. Aplicação de chaves

d. Mobilidade, etc...

5) Uso de Multiplano

a. Minha movimentação para aplicação/uso de desequilíbrio direcionado em "X"

e 3d. Usar a força da gravidade a seu favor.

b. Para mudar de localização.

c. Para abrir espaço para fazer algo, etc...

6) “Desapego” de um componente.

Se o oponente pegou uma parte do seu corpo então porque se preocupar ? Ache

movimentação em outra parte do corpo e tente fazer algo em outro lugar ou de outra forma.

7) Tato - Usar o maior órgão dos sentidos de nosso corpo para entender

antecipadamente o que o oponente pretende fazer. A visão e aparência pode

enganar, o tato não.

8) Visualização aplicada

a. Aplicar visualização no que e onde quer fazer algo.

b. Onde tem intenção de fazer algo.

9) Mudança de ambiente – tentar resolver em outro local, neutro ou mais favorável.

Exemplo: de pé para o chão, da terra para água, da árvore para o chão, da escada para o plano, etc...

10) Análise do ambiente e o que ele proporciona

a. Visão das saídas dos golpes de agarramento e chaves

b. Localização das saídas de locais para deixar o ambiente

c. Leitura do que o ambiente tem para improvisação de armas

d. Uso das suas roupas e acessórios como arma, etc...

11) Percepção – dar atenção e usar a percepção que você tem das coisas, lugares, em

momentos específicos... a seu favor.

12) Saber a hora de se retirar e quando não insistir.

13) Saber a hora certa de retornar, se houver realmente esta opção criada por mim e se ela for a melhor escolha para mim. Atente que, se alguém ou alguma circunstância te apresenta X, Y ou Z e pede para você escolher você de fato não tem opções, e sim escolhas entre o oferecido.

14) Trabalhar como o que o oponente te entregou/deixou para você a mostra, aproveitar e ser criativo com essa possibilidade.

Você tem toda esta lista de coisas acima para usar para resolver uma situação! E ainda mais, você pode combinar os itens acima (ou outros) conforme sua necessidade, criando novos cenários. Se tudo isso falhar, tente ser mais rápido (veloz) ou aplicar mais força. O interessante do Systema é que você pode usar toda essa lista acima (fazendo a devida interpretação) para resolver diferentes situações de conflito em ambientes distintos: problemas familiares, estudantis, de negócios e relações empresariais, na sua comunidade religiosa, em reuniões, entre outros.

Da próxima vez que tentar resolver as coisas na base da “pancada” tente experimentar alguma das alternativas acima e me conte o resultado!


Prof. Carlos Pimenta (Empresário, Hipnólogo Clinico especializado em Doenças e Dores Crônicas Emocionais, Acupunturista e Massoterapeuta, Instrutor Pleno de Systema - Arte Marcial Russa, Psicanalista)

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