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  • Prof. Carlos Pimenta

Tudo o que você queria saber sobre Bullying mas não tinha pra quem perguntar.

Atualizado: 19 de mar.


Bullying: muitos Pais que nos reportam este problema se posicionam em dois extremos. Vários não sabem o que fazer, tem compreensão parcial ou preferem ignorar achando que que “vai passar”. Enquanto isso muitas crianças sofrem.

De outro lado existem os que acham que matricular o filho em qualquer uma arte marcial resolve todos os problemas. Não é bem assim, se mal direcionada está atividade (como qualquer outra) pode ter seus benéficos comprometidos.

Devido a nova dinâmica das famílias, agendas de trabalho apertadas, falta de conversa entre pais/mães e filhos isto pode estar acontecendo com seus filhos(as) hoje e você pode nem estar sabendo! O que para nós adultos não passa de “tiração de sarro” ou uma brincadeira de mal gosto (afinal de contas já passamos por isso e sobrevivemos), para eles pode ser o inferno na terra. O Systema (Arte Marcial Russa) aborda de forma prática o equilíbrio físico e emocional de crianças e adolescentes, de modo a não só se defenderem fisicamente, mas também preservem aspectos internos, com ferramentas práticas e auto conhecimento de verdade. Pode ser uma boa opção para seu filho(a). Antes de tudo acreditamos que nada melhor do que estar bem informado e ter uma estratégia boa e definida, com muita compreensão e conversa amigável. Essa é a base para que a situação se reverta e se harmonize, de preferência com sequelas mínimas para todos os envolvidos. Sim, é possível ! Se quiser conhecer mais sobre Bullying, de uma maneira diferente, recomendo a leitura do livro da peça “Bullying – se correr, o bicho pega!” de João Pedro Roriz (*) (Ed. Paulus). Mas vamos lá... O que é Bullying ? Prática de violência recorrente contra o mesmo indivíduo oi contra grupos de indivíduos dentro de uma comunidade. A palavra Bullying advém do Inglês Bully, que significa “valentão”.

Existem vários tipos de violência?

Sim, violência física (agressão corporal), violência psicológica (intimidações), violência verbal (xingamentos e palavrões), violência moral (injúrias, difamações e calúnias), violência sexual (violação sexual não consensual), violência cultural (perseguição aos hábitos culturais de uma pessoa).

O que leva uma pessoa a cometer Bullying? Preconceito e intolerância em relação as diferenças, sentimento de raiva incontida, sentimento de inferioridade, desejo de vingança, trauma e/ou reprodução da prática cometida por pessoas próximas.

O que é cyberbullying?

É a prática do Bullying manifesta com a ajuda de equipamentos de comunicação.

Existem vários tipos de Bullying? Sim. Além do Cyberbullying, existe o “Bullying direto”, mais comum entre os homens, que envolve violência física e psicológica. O “Bullying indireto”, mais comum entre meninas e crianças pequenas, envolve o isolamento da vítima através de calúnias, difamações e injúrias. O “Bullying adulto” é a denominação usada para o envolvimento de um adulto no fenômeno seja como agressor, seja como espectador ou vítima.

Existem pessoas com mais propensão a sofrer Bullying ? Sim. Foram observados padrões de comportamento entre as vítimas de Bullying e isso permitiu aos especialistas classifica-las. Existe a “vítima típica”, isto é, a pessoa que possui uma característica ou um comportamento marcante. Normalmente as vítimas típicas são pessoas que possuem alguma deficiência ou simples inabilidade física ou social. Existe a “vítima provocadora”, ou seja, pessoas com comportamento infantil ou imaturo que, inconscientemente provocam reações intolerantes por parte de seus colegas.

Existem pessoas com maior propensão a cometer Bullying?

Sim, A “vítima agressora” é aquela que já sofreu Bullying em determinado momento e “desconta” suas frustrações posteriormente em uma vítima mais fraca no mesmo ambiente ou em um ambiente diferente. O “agressor genuíno” é o tipo de bully que possui raiva não diagnosticada e desenvolve um comportamento violento como forma inconsciente de canalização de suas emoções.

O que leva alguém a cometer Bullying? Depende. De modo geral, os agressores buscam afirmação e o posto de liderança. Muitos sofrem forte sentimento de inferioridade, o que estimula a diminuir as pessoas ao seu redor para que se sintam mais confiantes e seguros. Muitos bullys (agressores) nutrem sentimentos complexos em relação à vítima - algo que envolve admiração e/ou inveja – e as vezes reúnem esforços para forçar a vítima a agir de modo calculado. Em muitos casos, o agressor acredita estar ajudando a vítima a amadurecer. Existem casos em que o agressor pode criar situações de violência para impor respeito e, assim, manter o status de líder. Narcisista, os agressores genuínos desejam ser “temidos” para atrair atenção e se tornar uma pessoa mais popular dentro de seu grupo social.

Existem tipos de expectadores? Sim. Os espectadores são divididos em três categorias. 1) O “espectador ativo ou funcional” é aquele que simpatiza com o agressor e que, em muitos casos, participa da agressão, estimulando o bully a cometer atos de violência. 2) O “espectador passivo ou inerte” é aquele que possui simpatia pela vítima, mas não se envolve diretamente com o conflito por temer represálias. 3) O “espectador neutro” é aquela testemunha que não simpatiza nem com o agressor nem com a vítima.

Em casos de Cyberbullying é possível observar pessoas que divulgam imagens ou vídeos contendo atos de violência sem fazer uma análise profunda sobre o material que estão divulgando. Em muitos casos, esse espectador torna-se ativo sem, contudo, entender que está fazendo mal a alguém.

O que eu devo fazer ao testemunhar uma situação de violência?

É importante reportar os fatos a autoridade do local, mesmo que anonimamente. Ao se omitir, um espectador torna-se cúmplice do agressor. Um estudo recente do Centro de Empreendedorismo Social e Administração em Terceiro Setor (CEATS) revelou que 70% dos brasileiros com idade escolar já testemunharam cenas de violência dentro das instituições de ensino. Na região Sudeste do país, o índice chegou a 81%. Este dado prova que a grande maioria da população estudantil do Brasil já testemunhou agressões dento da escola.

Qual o limiar entre brincadeira e Bullying?

Esta no objetivo. Brincadeira é quando todos os participantes brincam. Quando um dos participantes deixam de brincar e passa a sofrer prejuízos (físicos, financeiros, morais e outros), o objetivo deixa de ser brincadeira e passa a ser violência. Apesar disso, nem toda violência ou conflito devem ser considerados Bullying. O Bullying é um fenômeno socioeducativo absolutamente silencioso e progressivo que visa minar a liberdade da vítima aos poucos, sem, contudo, chamar a atenção das autoridades.

Posso colocar um apelido no meu colega?

Depende. O apelido, para ser positivo, deve estimular a união das pessoas. Antes de colocar apelido em uma pessoa, peça permissão. Mesmo se o seu colega disser que “não se importa”, procure saber se esse apelido de fato o agrada.

Como saber se alguém é vítima de Bullying?

Medo angústia, raiva, isolamento social, paranoia, sentimento de culpa, manias de perseguição, apatia e forte desejo de vingança podem ser um sintoma. Algumas vítimas desenvolvem fobias e para evitar o confronto com seus agressores tornam-se relapsas com suas obrigações diárias. Existem casos de vítimas que, devido a perseguição constante, viciam-se em adrenalina e outros neurotransmissores e acabam desenvolvendo comportamentos extremos, como a automutilação.

Toda vítima de Bullying se torna violenta no futuro?

Não, felizmente. As sequelas podem perdurar por toda a vida, mas são raros os casos de vítimas que se tornam extremamente violentas a ponto de buscar vingança na fase adulta.

E os agressores? Como a maioria se comporta ao chegar na fase adulta?

Segundo relatos, a maioria dos ex-agressores se arrependem. Muitos buscam uma forma de se redimir, se não diretamente com as vítimas, indiretamente, através de trabalhos sociais e voluntários. Também existe uma parcela de ex-agressores que, ao chegar na fase adulta, continua a praticar perseguições dentro do ambiente de trabalho, algo que infelizmente é diagnosticado pelas empresas como “competição saudável” ou mesmo “conflito pontual” entre funcionários. Paradoxalmente, essa prática é muitas vezes incentivada por empresas que desejam extrair lucro da competição entre seus funcionários.

Existem formas de evitar o Bullying?

Sim. Por meio de campanhas de conscientização, de congressos, palestras, apresentação de peças de teatro e leitura de livros. Quanto mais cedo os jovens tiverem acesso a esse tema, melhor. Importante ressaltar que o Bullying é um fenômeno observável em todas as comunidades, principalmente nas escolas – independentemente da qualidade do ensino, localização da instituição ou poder aquisitivo dos alunos. Portanto, qualquer forma de combate a essa prática deve ocorrer por meio de campanhas de prevenção.

O que um adulto responsável faz após diagnosticar o Bullying?

A punição ao bully deve levar o agressor a um estado de reflexão sobre os seus atos e a uma remissão. A sugestão é que esse agressor seja levado a entender a gravidade dos atos cometidos e seja incentivado a fazer um trabalho social relacionado a reparação dos prejuízos. Posteriormente esse agressor poderá ser “nomeado” como o responsável por uma campanha de combate a violência. Já o trabalho com as vítimas devem passar pelo fortalecimento de sua autoimagem e reintegração do indivíduo na turma.

Se eu sofrer violência, o que devo fazer?

Reportar ao seu responsável (pais ou professores) o que está sucedendo. Dentro da escola, por exemplo, a autoridade é o professor. Sugerimos que relate os prejuízos que você sofreu: prejuízo psicológico ou moral (medo, paranoia, ansiedade, calúnia, difamações, etc.), prejuízo financeiro (perda do material escolar, roubos, etc.), prejuízo social (perda de amizades, isolamentos), prejuízos físicos (machucados, lesões), etc.

Cometi um ato de agressão e estou arrependido, o que fazer?

Prove que de fato você é corajoso e peça perdão. Depois, tente se redimir com a sua vítima, ajude-a a recuperar-se dos prejuízos e mude seu comportamento.

Esperamos que este texto possa ter ajudado você. Qualquer dúvida estamos a disposição. Compartilhe com seus amigos(as).

Prof. Carlos Pimenta (Empresário, Hipnólogo Clinico especializado em Doenças e Dores Crônicas Emocionais, Acupunturista e Massoterapeuta, Instrutor Pleno de Systema - Arte Marcial Russa, Psicanalista)

(*) Texto explicativo extraído do referido livro, com autorização e parceria do Autor (João Pedro Roriz). Conheça as obras do autor em: www.facebook.com/joaopedrororizfanpage/

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